A Fazenda da Infância

 

 

 

                                                                                                            Ana Maria do Prado

                                                                                                                                                       

                                                                                                               

                                                                                                            Luana Cristina da Silva

 

 

 

                                                                                                                       (5º ano A / Professora Márcia Angelita )

 

 

 

 

 

 

 

 

     Um dia, um padeiro chamado Chico estava fazendo bolinhos para vender.

     Chico era moreno, barrigudo, olhos castanhos escuros e cabelos brancos como neve.

     Quando estava no meio da receita, se tocou que não tinha farinha. Lembrou-se do seu amigo de infância, que morava em uma fazenda, e deveria ter muita farinha.

     Então foi à fazenda de seu amigo de infância, Miguel.

     Chegando ao seu destino, Miguel o recebe com um abraço de boas vindas.

     Chico falou desesperado:

     - Miguel, por favor, preciso de farinha!

     Márcia chega desesperada e diz para Miguel:

     - Miguel! Miguel!

     - O que houve minha esposa?

     - Querido acabei de ver um homem e uma mulher perto do curral! Cochichando sobre um tal de tesouro branco.

     Chico não aguentou ficar calado e disse:

    - Hoje cedo, fui ver a manchete do jornal, e li que um homem e uma mulher que se chamavam Fernanda e Erick assaltaram uma fazenda não muito longe daqui; e falavam do tal tesouro branco também.

Miguel fala:

     - Chico me fala as características deles e, quem sabe, são iguais aos que Márcia viu.

     Chico responde:

     - Fernanda tem cabelos vermelhos como lava vulcânica, e olhos verdes como grama; Erick tinha cabelos loiros como miolo de flor, uma pele sensível como rosa e olhos cinzas como cimento.

     Márcia falou desesperada:

     - São eles, Miguel! São eles!

     Miguel diz:

     - Vamos verificar no curral, para ver se estão lá ainda.

     E lá vão eles para o curral.

     Quando chegaram lá viram que todas as suas vacas tinham desaparecido e assim todos ficaram desesperados.

     Começaram a observar o local, e foi possível verificar que ficaram as pegadas de suas vacas e resolveram segui-las.

     Eles andaram, andaram e andaram, mas não acharam nada, e como já estava ficando tarde, voltaram para a casa.

     No outro dia tomaram seu café da manha e foram em todas as fazendas da vizinhança procurar pistas sobre suas vacas.

     Quando estavam quase desistindo, passaram em uma fazenda e viram todas as suas vacas.

     Gritaram da porteira, e apareceu um moço e uma moça, que se chamavam Fernanda e Erick. Miguel imediatamente questionou o porquê estavam com suas vacas e Fernanda falou:

     - Mas essas vacas não são suas, e sim nossas!

      Miguel diz:

     - São nossas vacas sim, porque eu conheço pelo símbolo da minha fazenda!

      Erick não aguentou e falou:

     - Minha pele é mais sensível que rosa e o leite me fortalece. Assim não posso viver sem meu leite, meu tesouro branco!

      Márcia diz:

     - Então por que você roubou nossas vacas?

     - Porque ninguém mais nos dá leite e não temos dinheiro para comprar.

     Miguel ficou com muita dó, mas como ele e Márcia eram muito bons e acreditavam que todas as pessoas podiam se tornar pessoas boas também, decidiu que ao invés de denunciá-los à polícia, faria uma proposta a eles:

     - Vocês querem morar na minha fazenda, há uma casa desocupada e se vocês nos ajudarem, podem ir tomar leite fresquinho na hora!

     Erick falou rapidamente:

    - Claro que sim! Até por que nós não temos trabalho e nada para comer e nem para beber, e essa fazenda não é nossa, entramos aqui enquanto o dono viajava.

     Assim os vilões Erick e Fernanda nunca mais roubaram depois daquele dia. Já Chico ficou na fazenda fazendo seus bolinhos com a farinha que o casal lhe arranjou após decifrarem o mistério do sumiço das vacas que continham o tesouro branco.